Vivemos momentos de grande apreensão sobre o nosso futuro como humanidade. Conflitos bélicos como o que está em curso entre a Rússia e a Ucrânia, apesar da sua gravidade, ainda não escalou além das fronteiras dos dois países envolvidos. Agora, a guerra iniciada por Israel contra Irã, numa região já bastante afetada pelos atritos envolvendo o país judeu com os seus vizinhos como o Líbano, a Síria a Cisjordânia e, principalmente, Gaza tem tudo para escalar podendo provocar uma guerra de grande repercussão não só na região mas também em todo planeta.
O mundo está em perigo. Se esse conflito no Oriente Médio não for contido milhões de pessoas perderam suas vidas, a economia mundial vai entrar em grave crise e todos nós sofreremos seus efeitos na contaminação da natureza por resíduos tóxicos provocados pela detonação de armas nucleares. A justificativa do governo judeu ao atacar o Irã é que o país persa está prestes a produzir armas atômicas que poderiam ser utilizadas contra Israel. No entanto, os especialistas confirmam que Israel já possui 90 ogivas nucleares prontas para serem utilizadas em uma guerra total.
Países como a Índia, o Paquistão, a Coréia do Norte também produziram e armazenam seus dispositivos nucleares. Juntos com Israel, se negam a serem signatários do acordo mundial de não proliferação de armas atômicas. A justificativa de ambos é que essas armas garantem suas sobrevivências ao inibir ataques de seus vizinhos, já que podem se defender com a força dos seus arsenais. No caso do conflito entre Israel e Irã, o que surpreendeu a todos foi o fato de que o governo americano, principal apoiador do governo judeu, estava negociando com os iranianos um acordo para que o país persa utilizasse as suas usinas nucleares para a produção somente de energia e abrisse mão da produção de armas atômicas. O Irã, inclusive, é signatário do acordo mundial de não proliferação de armas nucleares.
O fundo de todo esse conflito é a disputa internacional pelo domínio da região envolvendo as grandes potências mundiais econômicas e militares. O Irã não é um país árabe mas é mulçumano xiita com profundas ligações com os palestinos e outras comunidades árabes vizinhas de Israel que resistem a política de expansão do governo judeu. Em 1948 quando a ONU criou o estado de Israel para ser implantado na palestina ficou acordado que 55 % da região seria destinada aos judeus e 45% aos palestinos. Ao longo destes quase 80 anos os governos de Israel sucessivamente, pela força ou pelo poder econômico, foram reduzindo os espaços do povo palestino hoje isolado em Gaza e na Cisjordânia.
O interesse estratégico do governo americano sempre foi o de desestabilizar e o derrubar o atual governo do Irã e assim fortalecer seu domínio na região rica em recursos naturais, isso sem contar que os persas dominam o estreito de Ormuz por onde passam 20% de toda produção de petróleo mundial. Apesar deste desejo americano, as relações do Irã com os EUA estavam estabilizadas até a chegada de Donald Trump. O presidente americano, que aparentemente estava negociando um acordo com Teerã de contenção na produção de armas nucleares, agora está incondicionalmente ao lado de Israel no conflito. Aviões, navios americanos com armas poderosas já estão se deslocando para a região, o que sinaliza um forte apoio para garantir a vitória israelense nessa guerra.
Alguns vão dizer, estamos longe deste conflito entre judeus e iranianos. Acontece que, se ele escalar, a região vai ficar inabitável e as populações afetadas, em clima de caos, devem procurar abrigo em outas locais como o Brasil e outros países. Os analistas dizem que se as armas nucleares forem disparadas no Oriente Médio, a situação conflitante na Europa e na Ásia que envolvem a Rússia, a China, a OTAN e os EUA também pode levar a uma guerra nuclear. A tarefa agora, no curto prazo, é a busca do fim da guerra entre Israel e o Irã e também entre a Rússia e a Ucrânia. Cabe a nós, neste outro lado do Atlântico manifestarmos, dentro da nossas possibilidades, o nosso desejo de paz. Todos nós estamos correndo perigo causado por essas guerras insanas. Oremos!
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