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Palmas

Palmas 36 anos

A Joia do Cerrado

20/05/2025 15h01Atualizado há 3 semanas
Por: Vieira de Melo
Fonte: Da redação

Na manhã de 20 de maio de 1989 eu tive o privilégio, juntamente com amigos e meu filho Tiago, ainda uma criança, de assistir o início das obras de construção de Palmas. Ali, no centro da futura capital, hoje a nossa praça dos Girassóis, o ronco barulhento das máquinas rasgando solo do cerrado, a multidão eufórica aplaudindo e à frente, na cabine do trator, o  governador Siqueira Campos e  o jovem deputado federal Eduardo Siqueira Campos, deram início a abertura da primeira avenida da cidade, a nossa Joia do Cerrado. 

Lá se foram 36 anos. Aquela paisagem inóspita dominada pelo calor, a poeira, os canteiros de obras e as moradias improvisadas que acolhiam trabalhadores e servidores pioneiros, agora apresenta uma cidade planejada, harmônica, de avenidas e ruas iluminadas ocupadas por construções modernas. Pessoas de todo Brasil transitam por aqui numa mistura de culturas e tradições que se refletem na música, na gastronomia e nos costumes fazendo de Palmas a capital de todos brasileiros.

A lógica visionária de Siqueira Campos deu certo. No centro do estado, à margem direita do rio Tocantins, Palmas conectou todas regiões tocantinenses dando fim ao isolamento da população. Ao longo do tempo a abertura de estradas, pontes, a chegada da energia elétrica e da comunicação permitiram a todos os tocantinenses o acesso a capital do estado. Hoje Palmas é referência pela qualidade dos serviços públicos e privados prestados a sua população. Escolas, universidades, hospitais, lojas, restaurantes, escritórios atendem cerca de cerca 350 mil habitantes, sem contar àqueles que por aqui circulam vindos de outras localidades.

A época, sobrevoando o local Siqueira vislumbrou a paisagem que definiria os contornos de uma magnífica cidade que a Oeste seria margeada pelo lago da Usina e a Leste, pela majestosa Serra do Lajeado. É aqui, ele definiu, que vamos construir a nossa futura capital. Quem sonha enxerga além do tempo presente. Siqueira sempre foi um visionário com o dom de prever o futuro. Hoje as nossas praias, as nossas cachoeiras e suas trilhas, atraem turistas de todo Brasil que se encantam com uma cidade moderna construída em meio a uma natureza exuberante.

Palmas ainda é uma cidade jovem mas cercada de perigos que podem comprometer a sua maturidade. A especulação  imobiliária que ocupa áreas nobres, inclusive com infraestrutura que permitiriam a construção de milhares de casas populares, empurra a população de menor poder aquisitivo para a periferia ou para o outro lado do Lago, em Luzimangues. Na orla da Graciosa o surgimento acelerado de grandes edifícios prenunciam problemas de trânsito, de saneamento gerados por uma superpopulação. O tráfego no centro da cidade já apresenta, em alguns horários, um fluxo carregado. O prefeito Eduardo Siqueira Campos conhece como ninguém esta realidade e deve anunciar grandes medidas para manter a capital como cidade inclusiva e com acessibilidade para todos, principalmente para os moradores mais distantes do centro.

Há ainda muito o que  fazer na educação, na saúde pública, na habitação popular, na mobilidade, no lazer e na infraestrutura. Palmas é uma cidade viva, em construção que gera demandas permanentes. Há que se construir conexões com os municípios vizinhos, principalmente Porto Nacional. Os moradores do distrito portuense de Luzimangues praticamente trabalham e dependem dos serviços públicos oferecidos pela capital. A ponte sobre o lago que liga as duas cidades já está praticamente intransitável. Reconhecendo essa realidade a prefeitura da capital já criou a  Secretaria Extraordinária da Região Metropolitana para articular projetos que sejam de interesse comum de Palmas e cidades  vizinhas.

Enfim, a nossa Joia do Cerrado está consolidada. Nesses 36 anos cada um de nós fez a sua parte para construir nossa capital. Cada gestor deixou sua marca com suas prioridades. Agora, Palmas volta a ser governada por Eduardo Siqueira, seu primeiro prefeito eleito. Sua gestão anterior foi marcada, principalmente, por obras que atenderam os moradores das quadras mais afastadas do centro da cidade. A chamada “empreiteira orelha seca” ofereceu trabalho para milhares de pessoas em obras de saneamento básico, escolas, casas e postos de saúde. Elas construíam obras que as beneficiariam diretamente. Mais experiente Eduardo tem todas as condições e equipe preparada para garantir o desenvolvimento de Palmas, fazer as correções necessárias e projetar ações que garantam aos seus moradores um futuro melhor.

Parabéns Palmas de todos cantos, de todos os encantos, a nossa Joia do Cerrado.

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