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Projeto Em-baixa-dores do Riso leva riso e artes circenses com crianças

O projeto é feito por artistas vinculados aos Palhaços Sem Fronteiras Brasil

13/09/2024 09h20Atualizado há 2 semanas
Por: Carlla Morena
Fonte: Da Redação - Com Cinthia Abreu

O projeto Em-baixa-dores do Riso foi criado em 2022 por artistas dos Palhaços Sem Fronteiras Brasil (PSFB). O projeto desenvolve ações culturais para trabalhar com o riso, a palhaçaria e com as artes circenses nas escolas, comunidades, centro de acolhimento a pessoas em situação de imigração e refúgio, e locais que se encontram em situações de alta vulnerabilidade social e econômica, de cinco regiões do país (RJ, TO, MS, PB e PE). 

Além do atendimento às crianças, nas oficinas, professores e artistas locais também têm acesso a metodologia artístico-pedagógica dos PSFB. Em Palmas e Taquaruçu, no Tocantins, o projeto Em-baixa-dores é implementado com o apoio de artistas do movimento Riso Sem Fronteiras, em parceria com a Trupeaçu, que realizam oficinas, intervenções e apresentações para compartilhar o riso como ferramenta de regeneração afetiva, através de espetáculos e oficinas. As ações deste ano começam nesta terça-feira, 17 de setembro, e seguem até o fim de novembro. 

O trabalho, que já foi sucesso em 2022 e 2023, ganha uma novidade para esta temporada: a Trilha Afetiva Pedagógica, de conteúdo programático. Criada a partir de uma necessidade de troca entre arte-educadores, que fazem parte do projeto Em-baixa-dores do Riso, o manual foi feito a várias mãos, e visa acolher a diversidade e entender os territórios onde são conduzidas as ações, para um agir, de uma maneira respeitosa, customizada, humanitária e anti-colonial. “O intuito deste movimento é estruturar o que a organização já faz. Processo de prática-reflexão-prática. Compreensão mais totalitária do que já se desenvolve. A trilha é uma caminhada, um percurso, uma ideia de um guia, para amparar e ancorar”. Letícia Lisboa, arte-educadora do movimento Rastro do Riso, Duque de Caxias, RJ e coordenadora pedagógica da Trilha Afetiva. 

Após o lançamento na terça-feira, 17, as ações serão desenvolvidas às quartas-feiras de setembro a novembro, arte-educadoras do Riso Sem Fronteiras estarão na Escola Municipal Crispim Pereira de Alencar para as oficinas com a presença de atores e professores, interação, apresentação, aplicação da trilha afetiva pedagógica e muita troca com a comunidade escolar.

O projeto Em-baixa-dores do Riso, que está dentro do Programa Múltiplas Infâncias, é feito por artistas vinculados aos Palhaços Sem Fronteiras Brasil que desenvolvem ações culturais, artísticas e pedagógicas, com intuito de fortalecer e disseminar a palhaçaria e as artes circenses em diversos locais do país: Risos Sem Fronteiras, Taquaruçu/ Palmas; Rastro do Riso, Duque de Caxias, RJ; Japuká, Dourados, MS; Germinando paz e arte, João Pessoa, PB; e Sementes do Riso, Recife, PE.

Todas as ações nesses 5 territórios já ocorreram tanto em comunidades quilombolas e indígenas, quanto em escolas localizadas em locais vulneráveis, em contexto de violência e, também, em casas de acolhimento à população em situação de imigração e refúgio. Em 2022, no Tocantins, o "Risos sem Fronteiras", ocorreu em três regiões distintas da cidade de Palmas, e contou com oficinas de malabarismo, palhaçaria feminina e a apresentação do espetáculo "Maravilhas do Tocantins". 

Além de difundir os valores das comunidades e criar identificação entre as muitas mulheres participantes das ações, o projeto teve ainda uma oficina imersiva de dois dias na comunidade quilombola da Barra do Aroeira, na qual também foi realizada uma roda de conversa com mestres da cultura popular local em busca da construção de conceitos relacionados a uma palhaçaria autoidentitária, focada na não-violência na consciência ambiental.

“Em conjunto com agentes sociais locais, somamos esforços para redução de traumas. Por meio de espetáculos artísticos e atividades pedagógicas promovemos o fortalecimento dos vínculos comunitários e sociais que ajudam a fomentar ambientes acolhedores e seguros, essenciais ao suporte emocional”, conclui Aline Moreno, CEO e diretora executiva dos Palhaços Sem Fronteiras Brasil.

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