Dia 26 de junho é o Dia Nacional do Diabetes, uma data importante para a expansão da conscientização da população brasileira a respeito de uma doença que cresce de maneira expressiva. A data reforça que hábitos alimentares saudáveis podem evitar a doença, que em 2021 acometeu mais de 537 milhões de adultos entre 20 e 79 anos, segundo dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF). No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem, atualmente, mais de 13 milhões de pessoas (ou 6,9% da população nacional) vivendo com a condição.
Ainda de acordo com dados do Atlas de Diabetes IDF, em 2021, a comorbidade levou a óbito mais de 6 milhões de pessoas e é a doença mais onerosa para quem a tem. Dados apontam que naquele ano foram gastos, no mundo, mais de 65 bilhões de dólares com seu tratamento. No Brasil, na última década houve um aumento de 26,61% no número de pacientes diabéticos e uma estimativa de chegar em 2030 com 21,5 milhões de casos. O país é hoje o 5º com maior incidência de pacientes diagnosticados, com mais de 16,8 milhões de casos conhecidos.
“Precisamos entender que essa patologia é grave. Para tratar a diabetes é necessário uso de medicamentos, que ajudarão o controle da glicemia. A adoção de um estilo de vida saudável aumenta a eficácia dos medicamentos e permite que o paciente viva com qualidade. A diabetes é uma doença que pode levar a complicações graves, como cegueira, danos nos rins, doenças cardiovasculares, amputações de membros e morte prematura”, afirma o Dr. Rizzieri Gomes, médico cardiologista, focado na mudança do estilo de vida (MEV) de seus pacientes. “Apesar de desconhecida a causa da diabetes, sabe-se que hábitos saudáveis como alimentação balanceada, atividades físicas frequentes, sono adequado, redução do estresse e lazer são essenciais para seu controle. Evitar a ingestão de álcool e o tabagismo também ajudam muito para que não se desenvolva o diabetes tipo 2, o mais comum”, reforça o médico.
Existem vários tipos de diabetes: tipo 1, tipo 2, diabetes gestacional e outras. O tipo 1 acomete de 5% a 10% das pessoas com a doença e não tem prevenção. Ela se manifesta principalmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticada em adultos. Seu tratamento envolve medicamentos. O diabetes tipo 2 é uma doença atrelada a maus hábitos alimentares e é o mais comum. Está ligada a idade avançada, obesidade, histórico familiar, sedentarismo, raça ou etnia. Em adultos, acomete de 90% a 95% dos casos diagnosticados. Acontece quando o organismo não consegue produzir insulina suficiente para controlar a glicemia naturalmente ou as células não conseguem mais usar de maneira adequada sua produção. A diabetes gestacional é uma forma de intolerância à glicose diagnosticada durante a gravidez, afeta cerca de 4% de todas as mulheres grávidas, e não significa que ela terá diabetes após o parto. Outros tipos de diabetes resultam de condições genéticas, cirurgias, medicamentos, infecções e outras doenças e representam de 1% a 5% dos casos.
Dentre os sintomas da doença estão: perda inexplicável de peso, muita fome, vontade frequente de ir ao banheiro, sede excessiva, cansaço, mudanças na visão, dormência nas mãos ou pés, ressecamento da pele, cicatrização lenta de feridas e outros.
O Dr. Rizzieri Gomes dá algumas dicas de frutas que são boas para quem é diabético:
“Não existe uma proibição em relação às frutas, porém algumas delas são mais indicadas para quem tem diabetes. É importante avaliar aquelas que possuam menor índice glicêmico ou que forneçam uma boa quantidade de fibras. Uma fruta com alto índice glicêmico vai fazer com que a pessoa tenha um pico de glicemia e o pâncreas despeje insulina no sangue, podendo acabar em uma possível hipoglicemia. Já uma fruta com baixo índice glicêmico a fará subir devagar, sem forçar o pâncreas e não trará essa consequência”.
Pêssego: índice glicêmico 42 e carga glicêmica 5. É rico em vitaminas, minerais e compostos vegetais.
Laranja: índice glicêmico 40 e carga glicêmica 5. É uma boa fonte de vitamina, principalmente a C, minerais e antioxidante e, por ser cítrica, reduz o risco da pessoa ter pedra nos rins.
Morango: índice glicêmico 42 e carga glicêmica 3. Uma xícara de morangos tem mais vitamina C que uma laranja, além de ser a fruta que mais tem fisetina, um flavonoide, que combate inflamações, doenças cardíacas e outros.
Ameixa: índice glicêmico de 40 e carga glicêmica 2. É uma boa fonte de fibra e ajuda a melhorar o intestino, contém adiponectina, que sensibiliza o fígado e músculos à insulina e também é anti-inflamatória e cardioprotetora.
Pera: índice glicêmico de 38 e carga glicêmica 4. A casca dessa fruta fornece mais de 20% da necessidade diária de fibras de uma pessoa. Também promove a saúde intestinal e está associada a um menor risco de diabetes.
Goiaba: índice glicêmico de 23 e carga glicêmica de 2. Possui licopeno, quercetina, vitamina C e outros polifenóis, que atuam como antioxidantes neutralizando os radicais livres do corpo. O licopeno ajuda na saúde da próstata e as fibras ajudam o intestino a funcionar melhor.
Abacate: índice glicêmico de 10 e carga glicêmica 3. É rico em gordura monoinsaturada, que melhora o colesterol bom e baixa o ruim, além de poder melhorar a resistência insulínica e reduzir o risco de síndrome metabólica.
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